Mediação em conflito escolar: Entre pais, docentes e gestores



John Locke em seu livro Ensaio acerca do Entendimento Humano, de 1690. Explicita a ideia do homem que ao nascer tem sua mente como uma folha em branco, a partir de suas experiencias preenche essa folha e isso que o determina.

Outrossim, é mister ao tema, a reflexão tomada acima, pois, o desenvolvimento da criança não só pertencerá a família ou apenas à escola, e sim a todos esses agentes juntos. Quando a família e a escola mantêm boas relações, as condições para um melhor aprendizado e desenvolvimento da criança podem ser maximizadas. Assim, pais e professores devem ser estimulados a discutirem e buscarem estratégias conjuntas e específicas ao seu papel, que resultem em novas opções e condições de ajuda mútua (Leite & Tassoni, 2002).

Entretanto, esses papeis podem não estar bem definidos e assim acabarem criando conflitos, Segundo Martinez Zampa (2005, p. 31-32) os conflitos entre pais, docentes e gestores podem ter as seguintes motivações:
• agressões ocorridas entre alunos e entre os professores;
• perda de material de trabalho;
• associação de pais e amigos;
• cantina escolar ou similar;
• falta ao serviço pelos professores;
• falta de assistência pedagógica pelos professores;
• critérios de avaliação, aprovação e reprovação;
• uso de uniforme escolar;
• não-atendimento a requisitos “burocráticos” e administrativos da gestão.

E como solucionar esses conflitos? Embora um sistema escolar transformador possa reverter estes aspectos negativos, mediando e estimulando ações positivas e um desempenho satisfatório, a própria escola ignora ou minimiza os efeitos que vêm de outros contextos e que influenciam significativamente a aprendizagem formal do aluno. Os conteúdos, vivências, concepções do aluno e do professor são isolados no currículo, enfatizando apenas aqueles adquiridos no espaço escolar. Bartolome (1981),

E a quem cabe solucionar o conflito? Sulzer-Azaroff, Mayer, Rosenfied e McLoughlin (1989) acreditam que para estabelecer uma relação efetiva entre pais e escola é necessário que os professores aceitem a responsabilidade de se comunicarem de forma clara, simples e compreensível com os pais. Consonante ao exposto, a escola deve tornar o professor capaz de se tornar o mediador do conflito.
Deste modo, é interessante analisar, o crescimento da criança por se tornar multifatorial, um esforço conjunto da escola com a família. Se caso, o conflito entrasse no âmbito judicial, por mais que houvesse uma sentença que gerasse alguma forma de indenização à família, por parte da escola, poderia a criança não ter benefício algum, pois o que a beneficiaria realmente seria a participação conjunta para o seu melhor aprendizado. Desta forma, é válido afirmar que dentro de alguns casos a melhor saída é a mediação, onde, por meio da cooperação finalizará o conflito de forma mais benéfica.











Referências:
POLONIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. EM BUSCA DE UMA COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA. Psicologia Escolar e Educacional, 2005 Volume 9 Número 2 303-312, [S. l.], 14 out. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v9n2/v9n2a12. Acesso em: 20 mar. 2019.
Leite, S. A. S. & Tassoni, E. C. M. (2002). A afetividade em sala de aula: condições do ensino e a mediação do professor.
Bartolome, P. I. (1981). The changing family and early childhood education. Childhood Education, 57, 262-266
MARTINEZ ZAMPA, D. Mediación educativa y resolucion de conflictos: modelos de implementacion. Buenos Aires: Edicones Novedades Educativas, 2005.
Sulzer-Azarroff, B., Mayer, G. R., Rosenfield, S. A. & McLoughlin, C. S. (1989). Consultant, teacher beliefs, and school systems. Contemporary Psychology, 34, 134-136.

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